quarta-feira, 16 de novembro de 2011

PRÊMIO DE ASSIDUIDADE: DO SONHO AO PESADELO

Não sei se exagero, mas sinto que o prêmio de assiduidade proposto pelo poder executivo de Bicas ( excelente intenção e iniciativa da Secretária M. de Educação e do Prefeito) de um sonho tornou-se um pesadelo.
Quando digo excelente intenção é porque sei que tanto a secretária quanto o prefeito realmente lançaram o prêmio com a melhor das intenções. Penso, no entanto, que a iniciativa já nascera com alguns equívocos.
Sei que quaisquer outras propostas também causariam polêmica ou insatisfação, mas, de qualquer forma, quando se faz uma proposta dessas, deve-se escolher os termos os menos problemáticos possíveis.
Por exemplo: prêmio de assiduidade. Já não temos que ser 100% assíduos em nosso trabalho? Então o prêmio não deveria ser esse. Segundo: o que é motivo importante para mim, não é motivo importante para o outro. Quem, em sã consciência, vai julgar sua razão menor que a do outro? Terceiro: a questão polêmica dos atestados. Infelizmente, como tudo na vida, sabemos que há atestados e atestados. Os legítimos e os comprados quase via fax ( “faça o depósito na conta tal, envie-nos a cópia do depósito e, em cinco minutos, você obtém seu atestado via fax).
Brincadeiras à parte, a coisa é séria e grave. De um lado, pessoas comprometidas se propondo a fazer um pagamento legítimo como incentivo ao trabalho dos servidores da educação, porém apresentando um projeto que merecia um olhar muito mais atento. De outro, servidores com a expectativa frustrada de se receber mais um salário no final do ano.
Longe de ser dona da verdade, creio que os projetos polêmicos deveriam ser construídos de maneira mais democrática. Se havia a intenção de dar o prêmio, porque não se chamar os maiores interessados nele para confeccionar a proposta? Representantes de todos os segmentos da Educação, juntos, pensariam as condições do recebimento do prêmio. Justo ou injusto, teria sido pensado pela categoria.
Infelizmente, isso não foi feito.
Eu, de minha parte, tenho uma sugestão a dar ao Executivo e vou fazê-lo ainda esta semana quando estiver com o prefeito. Não sei se o tempo que resta à Administração neste final de ano será suficiente para as mudanças de proposta ou se minha sugestão poderá ser ou acatada.
De qualquer forma, não ficarei omissa. E reforço minha idéia de que a participação direta dos envolvidos em um projeto é a forma menos traumática na hora de se tomar decisões polêmicas.

                                                                               Professora Léa Castro
                                                     Presidente do PT de Bicas