sábado, 26 de dezembro de 2009

Presidente eleita do PT fala sobre os planos para nova gestão

Após a eleição da presidência municipal do PT, no dia 22 de novembro, A Região conversou com a presidente eleita Léa Castro. Com otimismo e com a disposição de sempre, a professora falou sobre sua ida para o partido, suas primeiras idéias para essa nova gestão e sobre as eleições de 2010.




A Região: Léa, é do conhecimento de nossa redação que, antes de sua filiação no PT, você estava filiada no Democrata, antigo PFL.

Léa: É isso mesmo. Filiei-me ao DEM a convite do Prefeito Honório, quando ele ainda era somente diretor do Estadual. Em 2005, trabalhando como Chefe de Gabinete do executivo, passei a conviver com pessoas de várias correntes partidárias, dentre elas o PT. Nesse meio tempo, o prefeito desfiliou-se do DEM e foi para o PSDB. Como minha ligação com o partido tinha se dado mais por amizade que por qualquer outra coisa, decidi que deveria procurar outro partido com o qual eu tivesse afinidade ideológica.

A Região: Aí escolheu o PT?

Léa: Depois que me desfiliei, passei um tempo somente observando como os trabalhos dos partidos eram conduzidos. Quando se está no Gabinete, tem-se oportunidade de ver muita coisa. Gostei da forma como o diretório do PT tomava suas decisões: sempre em conjunto, após discussão dos assuntos, com votação democrática, como tem sido até hoje.

A Região: E agora chegou à presidência. Aliás, a primeira mulher a ocupar a direção do partido em Bicas.

Léa: Ocupar a direção do PT, hoje, me dá muito orgulho, mas, se não estivesse, trabalharia da mesma forma. O importante é atuar, contribuir com a participação do partido nas decisões positivas para Bicas. Nesta eleição mesmo, antes de apresentarmos minha candidatura e a da chapa Renovação, convidamos o Amarildo para ser o candidato à presidente. Como ele não se manifestou, colocamos nossos nomes à apreciação dos filiados.

A Região: Nós já conhecemos seu trabalho como professora, como secretária de Educação e de Saúde e na direção da FEAP. E agora? Você já sabe como conduzirá os trabalhos do partido?

Léa: Tenho algumas idéias que pretendo apresentar ao diretório assim que este estiver formado. Sinto que precisamos manter um contato mais direto com os filiados para que eles estejam informados do que está acontecendo nas esferas municipal, estadual e federal, sem distorções de fatos como vêm ocorrendo nos últimos tempos. Ser filiado só por ser não faz muito sentido. Queremos também aproximar mais o PT de Bicas dos jovens. A juventude hoje não se envolve mais com política, com as causas importantes, mas, ao conversar com eles, percebo que têm muito a contribuir.

A Região: Como está o relacionamento do PT Bicas com o PT estadual e federal?

Léa: Melhor, impossível. O presidente estadual, Reginaldo Lopes, que também é deputado federal, tem dado total atenção ao município, tanto ao disponibilizar verbas, quanto solucionando problemas da cidade. Foi ele, por exemplo, quem conseguiu que Bicas pudesse parcelar a dívida do terreno da rede ferroviária e tivesse seu nome excluído do CADIN. O prefeito Honório tinha tentado de todas as maneiras, porém só agora o deputado conseguiu. Além disso, temos estreitado cada vez mais nossas alianças com o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, e possivelmente candidato a governador do estado, com o atual vice-prefeito de BH, Roberto Carvalho, e com o secretário da executiva mineira, Carlos Magno, que, em sua última visita a Bicas, atendendo ao pedido do vereador Loro, disponibilizou uma verba de bancada de 10 mil reais para o Estadual. Nós, em contrapartida, apresentamos uma votação maciça, no 1º turno, para a reeleição de Reginaldo à presidência mineira.

A Região: O PT de Bicas já escolheu seus candidatos para 2010?

Léa: Com a transição da presidência e do diretório, não tivemos tempo de discutir o assunto. Eu, pessoalmente, gostaria muito de apoiar Reginaldo Lopes para federal e Carlos Magno para estadual. Mas esta é uma decisão que precisa ser pensada pelos filiados do PT. Quanto a governador, o partido nunca viveu chances tão concretas de eleição, pois temos Pimentel e Patrus. Tenho certeza que, no momento certo, saberemos optar pelo melhor para Bicas e para Minas.

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